30 de outubro de 2009

GIG Ecologia

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Reciclar, mudar, transformar: o GIG Rock acredita nisso


O Gig Rock fez uma parceria bacana com a Prefeitura de Porto Alegre, uma iniciativa ecologicamente correta. O lance é o seguinte: quem levar um saco de 50 litros de lixo reciclável poderá trocar por um ingresso do Gig Rock. O processo é bem simplinho. O cara se cadastra no site contato@beco203.com.br (nome,+ RG + e-mail) e se compromete em levar o lixo no dia do evento - dia 7 de novembro na Casa do Gaúcho. Lá chegando, se dirige diretamente ao caminhão do DMLU que estará estacionado por lá (a partir das 10h) e troca seu lixo por uma senha. Depois é só passar na bilheteria e pegar seu ingresso. Cada pessoa terá direito a uma troca: um saco de lixo por um ingresso. Este lixo arrecadado será doado para uma cooperativa de catadores de lixo. Ou seja, a pessoa faz o que é certo pra natureza e ainda ajuda um montão de gente que vive desse trabalho. Os 100 primeiros ingressos já estão valendo, portanto já dá pra ir se cadastrando.



O Gig Rock apresenta nesta edição um casting de peso, realmente imperdível: Pato Fu, Mallu Magalhães - com participação especial de Marcelo Camelo -, Tonho Crocco, Tenente Cascavel, Bidê ou balde, Graforréia Xilarmônica, Walverdes, Valentinos, FENX, Gullivers, Os Efervescentes. E mais: duas bandas uruguaias, a Dante Inferno e Hablan por la espalda estarão aqui abrindo os trabalhos para uma iniciativa bacana de parceria com a cidade irmã Montevidéu. Os dois shows de abertura serão feitos por bandas do Oi Novo Som. O festival se incia às 15h com as palestras Todo Rock e o Mercado Lado B, e segue com os shows até a madrugada. O patrocínio é da OI FM.



28 de outubro de 2009

Poker, roquenrol e a sabotagem da Net

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Corri o dia inteiro colando cartazes e distribuindo flyers do GIG Rock pra poder ficar com a noite livre pro meu vício das 21 horas.

Explico.

Até o dia 08/11 estão ocorrendo diariamente as 21h os satélites para o torneio de Poker na Costa Rica em dezembro pelo Pokerstars.com - é gratuito, para participar basta acessar o site do PokerStars - e eu sempre que possível tenho tentado uma das vagas pra próxima fase, só que claro, não é tão fácil assim... até porque geralmente são em torno de 2500 inscritos por dia.
A minha melhor classificação nessas últimas tentativas que tinha feito era o 845 lugar, até ontem...

Ontem eu apesar de um início meio inseguro, fui jogando e ganhando, conforme o tempo ia passando eu ia aumentando as minhas fichas e "rapando" um a um que ia pro all in.
Quando vi eu estava em primeiro lugar. Quase não acreditei, sabia que estava bem, mas não a esse ponto. O torneio teve a sua primeira pausa e eu me sentia estranho, uma espécie de euforia e nervosismo com cansaço e ansiedade, mas ainda faltavam 800 competidores e já eram 1:00 da manhã.

Tudo certo, um café pra acordar e um roque pra distrair - aproveitando o embalo do show de amanhã 29/10 no Ocidente, coloquei o cd dos Dinartes pra fazer a trilha da classificação - uma mijada pra garantir no mínimo mais uma hora sem sair da frente do computador e lá vou eu rumo a Costa Rica.

A segunda parte da competição começou e eu continuava indo muito bem, cai um pouco nas posições mas me mantive sempre entre os cinco primeiros. Já eram 2:40 da manhã e ainda restavam 33 participantes, os blinds agora eram de 5000, o cansaço agora era considerável, as cartas saiam de foco devido ao sono, joguei algumas mãos muito mal mas eu ainda continuava com a classificação garantida, estava como diria "administrando" a situação - classificam-se os dezoito primeiros - até que entra o novo intervalo.

Pensei: - Ufa! mais que na hora, da pra lavar a cara, pegar um café e voltar pra pegar meu passaporte para a próxima fase.

Mas... quando voltei ao computador a minha conexão tinha caido e não voltou durante os próximos 30 min!! Eu não podia acreditar que o seu Net tava fazendo isso comigo, depois de 4 horas de tensão, jogadas sensacionais, muitas xícaras de café e a empolgação de ser um dos finalistas do torneio a porra da internet resolve parar!!!
Fiquei desolado olhando pra tela do computador sem acreditar, não dormi depois, não tinha mais sono, não sentia mais nada, fiquei olhando pro computador e pensando se ele tinha feito isso de propósito, ou um hacker que tava vendo minha brilhante participação resolveu me derrubar... enfim, fui dormir as 4:30 da manhã com um gostinho azedo de quase ter ganho meu primeiro torneio de Poker.

Hoje vou ao cinema.

27 de outubro de 2009

GIG Rock 2009

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companho o GIG Rock desde a primeira edição na antiga fábrica em 2006, quando ainda tinha dúvidas se tinha feito certo em largar a minha vida de executivo pra voltar a viver apenas do roque. Sim, dúvidas, afinal viver como roqueiro é macheza*, todo mundo sabe disso... não?
Enfim, passaram 3 anos e passaram várias bandas muito bacanas pelo palco do GIG Rock e sempre que podia lá estava eu.
Este ano não podia ser diferente. Só que não estarei apenas como espectador, estou trabalhando na produção desse que pra mim será o maior de todos os festivais independentes de roque aqui em Porto Alegre.
Vou tentar "postar" todo o andamento da coisa até o dia do festival, claro, conforme o andamento da correria...
então, como diria meu amigo Vandu (Evandro Bitt, banda Identidade).
É GIG Rock! Valeeeeuu!

*macheza - da interjeição "má que macheza" recorrente entre os roqueiros da serra gaúcha, quando uma coisa é muito árdua e difícil, causando uma "macheza" do ente envolvido na coisa pra resolver a situação.




PROGRAMAÇÃO:

15h – Todo Rock - debate sobre a cena roqueira independente nacional, com curadoria de Marcelo Ferla, gerente artístico da Oi FM Porto Alegre
17h – abertura dos shows, com banda Oi Novo Som
17h40min – banda Oi Novo Som
18h – Gullivers
18h30min – Valentinos
19h – Hablan por La Espalda (Uruguai)
19h40min – Walverdes
20h20min – FENX
20h40min – Dante Inferno (Uruguai)
21h20min – Tonho Crocco
22h10min – Mallu Magalhães com participação de Marcelo Camelo
23h10min – Pato Fu
0h10min – Graforreia Xilarmônica
1h10min – Os Efervescentes
1h50min – Bidê ou Balde
2h50min – Tenente Cascavel


E mais:
Mercado Lado B com bazar, acessórios de rock, lojas

SERVIÇO

GIG ROCK - 7ª edição
Dia 7 de novembro – sábado
Casa do Gaúcho – Parque Harmonia (Rua Otávio F. Caruso da Rocha, 301)
Abertura dos portões às 15h
Debate Todo o rock - 15h
Início dos shows - 17h
Ingressos antecipados: R$ 20,00
nas Lojas Oi – Andradas, 1273 loja 05/06 e Iguatemi
e King 55 (Dna. Laura 78)

Desconto de 50% para clientes Oi (dois ingressos por pessoa)


Patrocínio: Oi Fm
Apoio: Secretaria Municipal de Cultura / Prefeitura Municipal de Porto Alegre
GIG ROCK é filiado à Abrafin


23 de outubro de 2009

O uivo e o VMB

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Quando dei por mim estava em Florianópolis e não tinha mais volta. Eram 7:00 da manhã, tinha dormido mal pra caraleo – não tem santo que me faça dormir em ônibus, quer dizer, tem o santo Lexotan, mas dessa vez ele não apareceu... – e tinha muitos e muitos Km dirigindo pela frente.

O culpado disso tudo é o Ricotta –
Felipe Ricotta é o cara por trás da máscara do Kiabbo no programa 15 min. MTV – que veio ao sul cumprir agenda da sua beatnik carreira musical, o cara viaja o Brasil inteiro no seu carro divulgando e fazendo shows do seu visceral trabalho de estréia “Você não esta entendendo porra nenhuma!!”.
Só que dessa vez ele deixou o carro pelo caminho, na casa da tia em Florianópolis.
Daí que veio a idéia... “Caco, pega meu carro em floripa e sobe pra São Paulo pro VMB...”

- Como assim Ricotta?

ele tasca no seu “carioques” todo chiado.

- Olha só, deixa eu falar. Pô. Ai, vo te que cancelar o lance de segunda com o Tchê lá no Jekyll brother. Os cara lá da MTV me querem na terça as 4 da tarde pra gravar os lances do VMB, se tiver que passar em floripa e pegar o carro, não vai da tempo. Daí que tava pensando em fazer o lance no Jekyll e pegar um avião na terça pela manhã e tu subia com a Inayara (produtora) pegava o carro no caminho e colava lá em casa.

- hummm...

Pensei, pensei, quando vi era segunda à tarde o maluco tinha comprado a passagem e já era tarde demais pra voltar atrás. Fodeu.

Quarta feira 30 de setembro de 2009

Eeeeeee! Finalmente chegando em São Paulo.
A viagem realmente não foi das melhores, posso dizer que ficou entre as 10 piores na real. Claro, o Golzinho piorado do nosso amigo Ricotta não ajudou em nada, assim como quase ficar sem combustível na serra por um cálculo mal feito da minha “navegadora” Inayara, levar uma fechada a 100 km/h na Régis Bittencourt, pegar uma chuvarada e ver um corpo estirado no asfalto por causa de um acidente.
Mas afinal, estamos chegando a São Paulo. Vivos!

18:01

- Tá e agora Inayara? Eu nunca entrei dirigindo em São Paulo e não tenho a menor idéia pra onde ir...
(a Inayara é mineira. Quieta e de movimentos lentos... sacou?)
- nah... eu sei, é só pegar a marginal Pinheiros.
- a quanto tempo tu ta morando em São Paulo mesmo?
- 3 meses...
- tsss...

18:10

- e ai Inayara, cadê a entrada da bendita marginal?
- nah... segue em frente, daqui a pouco aparece.
...

18:20 – o trânsito começa a me parecer o Camboja no auge da guerra.

- não tinha outro horário pra gente chegar não?!
- ali! ali! Vira à direita!!

Fácil assim, virar à direita...
Depois de escapar do caminhão e dar uma fechada cinematográfica no taxista, entrei à direita.

18:31 – CAOS!

- Tem certeza que é pra esse lado??
- não... Vou perguntar pro motorista daquele carro, cola do lado.
- Boa tarde, o Brooklin é pra esse lado?
- Não! (sorriso irônico), têm que pegar aquele lado lá.

Óbvio que o lado que ele apontou era o oposto de onde vínhamos e pra chegar lá tínhamos que atravessar o equivalente a um fogo cruzado com bombardeio caindo na cabeça e um campo minado aos nossos pés – adoro um exagero!

18:45 – um tanto irado após se perder em uma rótula e ficar dando voltas até conseguir entrar no sentido certo e pegar um engarrafamento.

- precisamos abastecer.


Parados no posto de combustível


- olha só, vou deixar essa josta aqui e vou de metrô. Chega!
- calma. Tamo chegando, agora eu sei o caminho.
- tu ta me dizendo isso desde a entrada em São Paulo.


18:55 – aaaaaaaaaaaaaaa!!!

- Porque estamos passando em frente ao Shopping Morumbi se temos que ir pro Brooklin... a placa ta apontando o Brooklin pro outro lado.
- É, acho que pegamos a entrada errada. É pra lá mesmo.
...

19:19 – silêncio desconfortável no carro

- Pronto viu, é só dobrar a esquerda, o prédio é aquele ali ó.

- ZZZZZZZZZZZZZZZZZ!

...

Acordei na quinta feira com vários corpos estirados pelo apartamento do Ricotta, todos dormindo é claro. Inayara, Titi e Ricotta, roncavam e faziam sons estranhos enquanto eu ainda acordava pensando que não tinha visto nada desde que me joguei no colchão onde acordei, tinha morrido e acordado no dia seguinte, era isso.

Fui pegar um café e no meio de malas, livros, meias sujas, revistas, embalagem de pizza, cacos de vidro e mais um monte de coisas que se tornaria até monótono continuar relatando, achei o livro “O uivo” do Allen Ginsberg - huuum - agora sim a coisa tava tomando cara de felicidade.
Após ler e reler trechos aleatórios do livro e tomar umas 3 xícaras de café, sentia que agüentaria a jornada até a manhã do dia seguinte.

Agora era providenciar o acesso a premiação e festa do VMB.

Liguei pro meu amigo – que não vou citar nome porque ele me pediu, homem muito sério esse! - um dos produtores do VMB que prontamente me facilitou o acesso, combinamos as 20:00 na frente do Credicard Hall. Tudo certo, aguardava apenas a chegada dos
Identidade, Lucas Hanke e Eduardo Dolzan, pra ir a maior premiação pop-rock-teenager brasileira.

Depois de passar por uma cena do “globo repórter” – inventamos de ir de trem... sabe aquelas cenas em que as pessoas são enfiadas pra dentro do trem e as de dentro empurrando pra ela sair e a porta fechando e tu sendo esmagado como uma sardinha? Então... é isso que estou me referindo – chegamos ao Credicard Hall e como combinado o Homem muito sério estava nos aguardando acompanhado do excelente Caju – braço esquerdo e direito do homem muito sério, como o próprio Caju se descreveu – que acabou nos colocando em um camarote baixado na premiação. Por sinal o que não faltava na platéia ali presente eram gaúchos, assim como a premiação, a noite era da gauchada em São Paulo.

Tirando a apresentação mais que divertida do Massacration com o Falcão, o resto foi um pastelão de cartas marcadas, ficando o protesto de não entender porque
Pata de Elefante e Pública ficaram de fora dos shows da apresentação principal.

Ah! E os Ferdinand que me perdoem, mas que apresentaçãozinha mais pau mole, por favor.

Finalizada a palhaçada, embarcamos na van da Pata de Elefante rumo a badalada festa no espaço das Américas na barra funda. Papo descontraído sobre a mais que merecida premiação da Pata em música instrumental e a van andando, andando... um tanto de tempo depois chegamos a festa, confesso que já estava bem sonolento, tínhamos andado pra caramba e a maratona do dia já era grande a essa altura do início da madrugada.

13:06 sexta feira – dia seguinte da premiação

O ônibus entra pela Paulista e me pergunto por que tive a maldita idéia de voltar a beber depois de 60 dias sóbrio. Não bastasse os 32 graus lá fora, cada chacoalhar do ônibus fazia meu fígado parecer uma geléia se desmanchando e pronta a jorrar por todos os meus poros.

Ressaca de deixar o cara verde...

Desço do ônibus e primeira coisa que me ocorre é achar um banheiro. Nada. Nem na estação do Metrô nem em uma galeria que invadi com cara de desespero.
Minha pressão dava a impressão de estar no -15 (a alta), e pra não cair duro ou vomitar no meio da Paulista, me sentei na calçada e forcei minha cabeça a lembrar da noite anterior enquanto esperava o taxi que viria me salvar.

Lembro de acordar em um apartamento todo torto no sofá. No sentido mais “irreversível” da coisa, o resto da festa passa em um flash único de trás pra frente.

Algumas celebridades, muita bebida liberada, uma aglomeração no espaço dos fumantes e só.

O resto da história o Finatti (
Rolling Stone e Dynamite) colocou muito bem no blog dele Zap' n' roll
"Festa nada estranha com povo nada esquisito"...